domingo, 6 de maio de 2012

Uma paleontologia

Flores murchas também tem perfume, agua açucarada, libélula lavadeira, ouço uma música nova, ópera rock, um cigarro para os ouvidos. Quero sentir o caos, de uma nova voz doce e tenebrosa aqui dentro, assim como é escuro, logo nasce o dia, as flores na verdade são princesas com vestidos virados, pescoços gigantes e a cabeça enterrada na terra. Paleontologia de uma era em que as crianças imaginavam mais cor e menos drama. Libélula vive apenas quatro anos, por isso passa por tantas metamorfoses, não a néctar que chega, história que morre, ela procura ser cristalizada, agua doce também amarga. Conto o conto, mas não conto o final.
Cassiano Pellenz

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