quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Noite vazia

Madrugada fria, noite escura, tremedeira e frio, pode ser um conto de tristeza, ou um sonho acordado, uma opera de encantos misteriosos da minha mente, capaz de ver os espetáculos sem que tenham acontecido, e confessando a mim mesmo meus delírios num confessionário que eu sou o padre,  me perdoe eu mesmo, por ter tamanhas idéias, madrugada suja, noite de chuva, breu, musica clássica, corpos distantes, são desenhos agora que vejo, de desejo, da janela, sem querer percebo. Meus vizinhos estão fazendo amor enlouquecidamente. Não tem janela, nem vizinhos, nem casa, não existe este tempo, esta noite, frustrada, eu só me lembro que ele suava.  Delírio escuro, noite sonhada, não aconteceu nada, não aconteceu nada.
Cassiano Pellenz