terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os Girassóis


Preocupei-me demais com coisas que não eram necessárias. E achei em meus limites algumas conquistas possíveis, mas cheguei a um ponto, em que as flores que corriam pelas minhas pernas foram crescendo, e eu ficando menor. Com isso percebi que também cresciam espinhos e eu ia cansando. Essas flores de girassol não deveriam ter espinhos, mas as minhas tinham. Ao passo que os espinhos cresciam, eu diminuía o passo. Tinha mais medo agora de me cortar, de não cicatrizar logo, de arriscar sair correndo e fazer de última hora, como antes eu gostava. Meu Deus! Eu cresci tão depressa! E os girassóis ainda assim estão mais altos. Parecem anos de jornada, um corpo precisando de apoio, de liberdade. Um menino que continua ali, agora um tanto parado, olhando no meu da plantação de gigantes girassóis para que direção seguir, que rumo tomar e onde se machucar menos. Mas o que eu não sabia é que o caminho que parece mais fácil pode não o ser. E que a dor dos outros caminhos também nos faz crescer. Assim, naturalmente como os girassóis, e aos poucos olhamos além do nosso horizonte, procurando um sol, uma luz, algo que seja nosso objetivo e que depois de um tempo, vire nossa rotina. Mas os girassóis amam o sol, mesmo que exista rotina, amar os sol os faz viver felizes, os faz ter um sentido para vida. Meu Deus! Estou agora falando como os girassóis!

Cassiano Pellenz

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